Parque Estadual Rio Preto/MG – 2 Dias
São Gonçalo do Rio Preto
De BH a São Gonçalo do Rio Preto
Há muito tempo já ouvíamos falar desse parque e das maravilhas que existem lá e suas belas cachoeiras. Juntamos um grupo de 8 pessoas (2 carros) e partimos rumo a São Gonçalo do Rio Preto numa sexta-feira às 4h da manhã. Nosso ponto de encontro foi o CEASA e conseguimos sair no horário marcado (milagre!!).
Como chegar
A partir de Belo Horizonte, seguir a BR 040 no sentido de Brasília e, depois, acessar a BR 259 até Curvelo. Daí, seguir pela BR 367, sentido Diamantina. Após a cidade de Couto Magalhães, entrar na MG 214 até São Gonçalo do Rio Preto. De São Gonçalo até a portaria do Parque são 14 Km de estrada de terra batida e bem sinalizada.
No nosso caso, apenas colocamos no waze 😉
São Gonçalo do Rio Preto fica a 360km de Belo Horizonte. A estrada, em um trecho do trajeto é um pouco esburacada e, chegando ao Parque, a estrada de terra é bem ruim, ok para carros de passeio mas ainda sim, ruim. Gastamos 5h30 para chegar até a portaria do Parque.
O Parque
Esse é um dos Parques mais organizados que já tive o privilégio de visitar. Para acampar ou se alojar no parque, é necessário fazer a reserva pelo telefone: 38-99765621 ou e-mail [email protected]. Reservamos 5 barracas, mas, ao chegar na portaria, perguntamos se haviam alojamentos disponíveis já que o preço mudava pouca coisa.
Camping por pessoa R$ 40,00
Alojamento quarto para 4 pessoas R$ 51,00 com roupa de cama (R$ 5,00)
Entrada no Parque só para passar o dia R$ 20,00
Existem 12 alojamentos (quartos para 2 até 5 pessoas).
Ao chegar ao Parque é obrigatório assistir uma pequena palestra sobre o funcionamento no geral, as atrações e regras que existem por lá. Muito organizado, assinamos o livro de registro e fomos ao vestiário do camping nos preparar para a trilha.
A área de camping é muito boa e muito bem organizada, bons vestiários com banho quente até as 22h, bebedouro, quiosques de churrasqueira, tanques e torneiras e uma área grande para armar as barracas. O que chamamos de camping conforto haha. Subindo a estrada tem um restaurante com café da manhã, macarrão, omelete, caldo e açaí. No mesmo complexo estão os alojamentos, e é de onde partem as trilhas guiadas.
(Omelete R$ 13,00, Macarrão R$ 15,00, Açaí R$ 13,00)
Nas trilhas para as principais cachoeiras (Cachoeira do Crioulo, Sempre Vivas, Forquilha) é obrigatório o acompanhamento do guia que sai às 08h, 09h, 10h e 11h. Apenas para as Sempre Vivas sai um guia as 09h.
Dia 1
Chegamos ao início da trilha as 11h20, infelizmente o guia nos avisou que o último horário permitido para sair era as 11h05 e não existem exceções, mesmo para um grupo experiente. Sendo assim, decidimos passar o dia aproveitando as trilhas liberadas do parque para fazer sem guia. Acabou sendo um presente de Deus, depois de uma noite toda acordados.
A trilha para o Poço do Veado é bem curta e fácil de fazer. Nesse lugar tem um poço enorme bem gostoso, uma verdadeira praia de água doce com areia, sombra e água fresca. Subindo as pedras no curso do rio existe um spa natural. Com formações rochosas em formato de banheiras. É só escolher uma e aproveitar!
Continuando a trilha descendo o rio você chega ao Poço Vau Bravo e Poço Vau das Éguas. Esse lugar é tipo um tobogã natural. Da pra aproveitar bastante também, escorregando em suas pedras. O percurso todo tem aproximadamente 9km ida e volta. Depois desse dia tranquilo, voltamos para jantar no restaurante. Até levamos o aparato para cozinhar, mas a praticidade nos venceu. O restaurante fica aberto até as 22h e parece ser um ponto de encontro dos trilheiros do parque. Comida gostosa e preço bom, tomamos um banho quente e fomos dormir. Os alojamentos são bem quentes, o que não se espera quando estamos no meio do mato. A dica é: leve repelente e durma com a porta aberta.
Dia 2
Hoje foi o dia de fazer o principal circuito do parque: Cachoeira do Crioulo, Cachoeira Sempre-vivas passando pelo Mirante do Lajeado, da Pedra e a Forquilha (encontro dos dois rios). O trajeto todo tem aproximadamente 13km que, para nossa turma, foi leve.
O guia ofereceu fazer um horário especial pra nossa saída as 07h30 da manhã, pois teríamos que voltar pra BH até as 15h. Foi muito bom pois ficamos com todas as cachoeiras só pra nós hehe.
A trilha é bem tranquila, com vários mirantes no caminho e uma paisagem exuberante ao seu redor. A cachoeira do Crioulo é a primeira, e até ela, andamos por 6,5km. Impressionante, maravilhosa, indescritível e com um poço bom pra nadar. A mais bonita do parque na minha opinião.
Terminado o tempo na cachoeira do Crioulo seguimos pelo leito do rio (portanto nas pedras) até a Cachoeira Sempre-Vivas. Nesse caminho é bom ter um pouco mais de cuidado devido ao “pula pedra” e naturalmente se gasta mais tempo por aqui. Existem vários poços no caminho para um mergulho, caso o calor aperte.
A cachoeira das Sempre Vivas é também linda e sua água cai escorrendo pelas pedras, sem poço, mas logo a frente tem um bem grande que da pra nadar tranquilamente, cheio de peixes enormes. As várias pedras empilhadas na cachoeira fazem ótimos banquinhos para sentar embaixo da queda e curtir a massagem.
Depois de aproveitar bastante e fazer a pausa para o almoço, seguimos a trilha passando pela Forquilha, também uma ótima opção pra nadar. Como teríamos que voltar pra BH as 15h não paramos por lá e fomos direto da trilha para um bom banho. E então, de volta pra casa.
Dica para parada no caminho de volta a BH: Leite ao pé da vaca (Endereço: Rodovia BR 040,Km 436, s/n – Zona Rural, Paraopeba – MG, 35774-000).
Valeu Galera! E até a próxima aventura!
Veja também: As 5 cachoeiras mais bonitas do mundo!